Aqui no SouDoador.org, um dos nossos objetivos é melhorar a vida dos transplantados. Difundindo informações e quebrando tabus daqueles que ainda se consideram “doentes”. Mas talvez, o mais nobre dos nossos objetivos seja mudar a opinião dos que não se declaram doadores de órgãos.
Percebemos que na maioria das vezes as pessoas que não são doadoras, têm essa posição por falta de informação ou simplesmente porque nunca sentiram algo semelhante ao que uma pessoa na espera por uma doação sente.
Confesso que eu nunca havia me declarado doador de órgãos até encontrar a Débora. Quando nos conhecemos, ela descobriu que uma síndrome rara deixaria tudo mais difícil na sua vida. Para que a vida dela continuasse, seria necessário a boa ação de outra pessoa. Naquele momento descobri a importância de um simples ato: me declarar doador de órgãos!
Quando nos colocamos na posição do próximo, entendemos o quão angustiante pode ser, para quem precisa de um transplante, ficar esperando na fila por um órgão. A sensação de impotência que a pessoa sente é algo que nem as melhores palavras de afeto podem mudar. Apenas a doação pode te salvar.
Hoje, há quase 10 anos com minha companheira Débora, consigo entender o sentimento de gratidão de quem recebeu um órgão. Ao longo desses anos, conheci muitas pessoas fantásticas que receberam uma doação. Todas elas, sem exceção, tem uma energia e vontade de ajudar o próximo, inimaginável.
Isso me faz pensar: será que precisamos sofrer por um trauma ou angústia tão grande para começar a fazer algo pelo próximo?
Eu me senti com esse compromisso quando vi como podemos melhorar a vida de alguém com um gesto simples.
“Aproveite a vida, depois doe a vida – Patrícia Fonseca”.
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