Ser renal em uma pandemia é algo diferente, uma mistura de sensações, temos que ficar em casa por ser do grupo de risco, ao mesmo tempo que temos que sair para fazer hemodiálise. Contraditório, não? Porém, tem o seu lado bom? Tem sim! Já que temos que sair para ir à clínica, vamos aproveitar para olhar em direção ao céu, tomar um sol, ver as árvores e refletir sobre o quanto podemos ser gratos mesmo em meio a um cenário difícil.
Nós precisamos aprender a ter orgulho do que somos, do que fazemos e do que temos. Precisamos ser menos críticos e menos cruéis conosco, devemos saber relevar nossas falhas e fraquezas, saber celebrar as pequenas conquistas diárias.
Os nossos dias são feitos de pequenos passos e é com o sucesso deles que chegaremos aonde queremos.
Porém, também temos que agir com mais prudência e proteger-nos mais. A máscara tornou-se um item fundamental e obrigatório, o álcool gel tornou-se um companheiro inseparável, manter o distanciamento social é fundamental, é realmente uma gangorra de sensações. A Hemodiálise que para tantos aprisiona, neste momento, torna-se um momento de liberdade.
Enquanto esperamos uma doação de órgão que nos permitirá uma maior liberdade, espera essa que muitas vezes é cheia de ansiedade, mas ao mesmo tempo é de certo modo um exercício de esperança na humanidade. Pois temos a oportunidade de constatar como o ser humano pode ser empático e bondoso. A doação de órgãos pode ser compreendida como o último ato de bondade, doar para que alguém possa continuar sua vida. É um ato de amor puro, sem interesses e que deve ser constantemente incentivado. Doar além de salvar vidas, transforma vidas, não só de quem recebe o órgão mas também de todo o entorno.
Doar é permitir que a vida continue… Doar é um ato de amor, incentive a doação de órgãos.
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