Em janeiro de 2018, descobri que estava com uma doença cardíaca em estado avançado.
Desde então, foram 7 internações. Pedi a Deus que me desse o Dom da Alegria, porque está escrito: ”A alegria do Senhor é a nossa força”. E essa alegria fez toda a diferença durante o tratamento, tanto na forma de encarar as situações, quanto no relacionamento com as pessoas.
Em janeiro de 2019, o meu quadro piorou de tal forma que recebi a notícia de que eu seria internada e só poderia sair de lá transplantada. Desde o princípio quando fui diagnosticada com miocardiopatia dilatada idiopática, muitos olhos se voltaram para mim e se formou uma nuvem de testemunhas. As pessoas, inclusive que não criam em Deus passaram a acompanhar minha luta, aguardando o agir de Deus (todos em oração).
Em fevereiro, eu piorei ainda mais, senti muitas dores e comecei a delirar um pouco. No dia seguinte pela manhã, minha filha foi até ao hospital para me visitar e notou que eu não estava bem: não fixava os olhos para conversar, não sentava na cama e dizia coisas sem sentido. Então, uma médica se aproximou e informou que o quadro havia se agravado e que parte desse delírio era efeito da falta de oxigênio no cérebro.
No dia seguinte, avisaram-me que um doador compatível havia sido encontrado! Nesse mesmo dia, eu fui transplantada!
Entrei na cirurgia às 22h30 e sai às 03h30. A cirurgia foi um sucesso! Às 04h30 minha filha entrou para me visitar no CTI e eu já estava acordando! Amanheceu e no horário de visitas, ela veio novamente ao hospital, e eu já estava sem o tubo!
Através do coração que alguém me doou, Deus transformou não só a minha vida; mas também a vida de outras pessoas ao meu redor!
A doação de sangue e de órgãos é muito importante, pois muitas pessoas aguardam na fila por um transplante.
Solange tem 58 anos, é dona de casa e transplantada de coração há 2 anos