Meu nome é Raquel Furquim, sou enfermeira especialista em Nefrologia e trabalho com pacientes renais desde 2007.
Podemos dizer que foi amor e empatia desde o primeiro dia. Uma vez, ouvi de um médico nefrologista, o qual tenho grande admiração, que trabalhar com Transplante Renal é igual um casamento até que o rim nos separe. Essa expressão entrou em minha vida de uma forma tão marcante que, a partir disso, comecei a levar a sério e lutar por eles, doentes renais.
Em 2012, iniciei o ativismo em saúde, visando o foco em doente renal crônico, participando de aulas, reuniões, assembleias e palestrando para a população sobre a importância da doação de órgãos.
Ser Enfermeira é já nascer com o olhar da HUMANIZAÇÃO. Sei que não só nasci mas também pratico com meus pacientes no meu dia a dia, pois sei que eles são o amor de alguém, e é de minha responsabilidade manter essa confiança.
Com o passar dos anos comecei a ficar conhecida pela bandeira que levantei, sendo convidada para palestrar por faculdades, empresas, meios de telecomunicação e até mesmo fora do Paraná. A partir disso, renais crônicos de todo Brasil começaram a me procurar para orientações, esclarecimentos e/ou até mesmo para palavra de conforto.
Contudo, comecei a ter contato com muitas crianças e adolescentes acometidos pela doença, veio aí a ideia de começar a trabalhar com eles também, levando de forma lúdica, porém explicativa, o assunto “Doação de órgãos”.
Em 2018, fiz o “Setembro Verde” especialmente voltado a esse público, com parceria de acadêmicas de enfermagem, criamos logo e materiais específicos para a idade. Foi uma experiência incrível, com retorno e aprendizado imensurável, conversei com mais de 500 adolescentes com palestras ricas de conteúdo e curiosidades, despertando o interesse deles pelo tema.
Com responsabilidade e cuidado levo a informação e conhecimento a todos, voluntariamente. Se queremos lutar pela vida, espalhemos conhecimento. Ouçam nossas crianças! Elas irão te surpreender, elas são sementes hoje e o fruto amanhã, são o nosso futuro. Luto por um futuro melhor, inclusão e saúde é um direito de todos.