Olá, meu nome é Maria Alice, e minha história inicia depois de um estresse emocional muito grande com a perda do meu pai e o divórcio.
Comecei a ficar muito inchada e com uma grande retenção de líquido. Antes disso passava mal quando comia alguns alimentos, tinha pressão alta e dores de cabeça terríveis.
Em uma das muitas idas a emergências de hospitais, um plantonista, que era nefrologista, suspeitou de algum problema renal que foi descartado após vários exames.
Depois disso, fui encaminhada a uma gastroenterologista que, após diversos exames também, constatou uma doença no fígado.
Eu apresentava uma doença autoimune que acometeu meu órgão e que já se encontrava bem grave com cirrose hepática. Fui estabilizada, mas meu tratamento seria um transplante.
Entrei em choque e parecia ter recebido minha sentença de morte. Transplante? O que é isso? Por que comigo? Não posso morrer! E meus filhos ainda pequenos? A assimilação não foi rápida nem fácil. Tive muito medo!
Entrei para fila em junho de 2013 e, dois meses depois, fui transplantada! Meu melhor SIM!
Que permitiu que, um ano depois, eu começasse a correr. Coisa que não fazia, pois a doença me impedia fazer até uma pequena caminhada. Não parei mais!
Fiz e faço várias corridas de rua em Brasília! Já participei da Volta da Pampulha em BH, Meia Maratona do Rio de Janeiro e a Corrida de São Silvestre em São Paulo.
Hoje administro com duas amigas, um grupo de Corrida chamado “Bora Ser Feliz”.
É isso que busco com minha nova chance: Ser Feliz!
Pedalo, faço trilhas, também busco minha realização pessoal e procuro estar com pessoas incentivando-as a saírem do sedentarismo e buscarem um novo estilo de vida.
Tenho muito orgulho da pessoa que me transformei após o transplante.
Vivo cada dia com o coração cheio de gratidão por ter sido escolhida para ter uma nova chance. Gratidão a Deus e à família do meu doador.
Maria Alice tem 49 anos e é transplantada de fígado há 8 anos.