Meu nome é Renata Garbellini e sou filha única! Sempre morei com a minha mãe e tenho uma relação muito próxima com ela.
Um dia no retorno de uma consulta, ela me disse que precisaria fazer transplante de córnea nos dois olhos! Fiquei muito apreensiva, porque não conhecia quase nada sobre transplantes.
O nome da doença é Distrofia de Fuchs, que faz com que a camada mais interna da córnea vá morrendo de forma lenta e progressiva. Inclusive eu tenho, mas ainda está bem no início e talvez quando eu precisar de um transplante a medicina já tenha colírios que resolvam o problema.
Após o meu pânico inicial, fui pesquisar sobre a doença: a ajuda dos médicos e alguns grupos no Instagram foram fundamentais para que eu entendesse um pouco mais do que se passava com ela e o universo gigantesco do transplante.
Minha mãe deu muita sorte, o primeiro transplante do olho direito foi feito em 2020 e o do olho esquerdo feito recentemente em 2021!
Estamos imensamente felizes, pois hoje ela faz coisas que não conseguia, como ler manchetes nos jornais da TV, ler produtos no mercado e uma infinidade de atividades corriqueiras (para muitos) e, atualmente, enxerga melhor do que eu!
O melhor presente que recebemos foram as doações das duas córneas. Um presente divino dos doadores e de suas famílias! Pessoas que doam amor ao próximo – porque a doação de órgãos é isso – são especiais, são seres divinos.
Sei que muitas pessoas estão na fila do transplante e aqui fica o meu carinho para cada um de vocês e digo: O amor sempre vence!
Eu sou uma doadora de órgãos e, sempre que posso, converso com pessoas sobre “doar amor”.
Hoje, Regina que tem um par de olhos verdes (lindos demais!) consegue enxergar, graças ao amor de duas famílias que nunca conhecemos, mas moram no nosso coração.