Sempre que vou atender nos ambulatórios da cardiopediatria, um filme introdutório semelhante parece que existe dentro do consultório cercado das seguintes falas:
“- Tudo começou quando eu fiz no o ultrassom na gravidez. “
“- Ele ficou assim, paradinho! “
“- Nossa, mas de vez em quando eu acho que ele fica todo roxinho.”
Para algumas mães, parece que fora o seu coração que teve alguma detecção de anormalidade diante de toda história. E se pudessem, os pais também trocariam de lugar com aquela criaturinha tão pequena que já demonstra ser tão forte só por conseguir viver.
E, de repente, a angústia das consultas parece menor, os exames de ecocardiograma não parecem mais ter o sofrimento de antes e a ida ao consultório médico pode ser em pulos de criança comum: pois sim, algum outro pequeno anjo doou seu coração.
O agradecimento ficará eterno, sendo sentido a cada batida por aquela família que recebeu!
Rosane Alice Morais é médica residente em Pediatria e transnplantada de medula óssea.
Foto: Ministério da Saúde