Em tempos em que procuramos uma cura para passar por esse momento que todos estamos vivendo, é necessário que se faça um alerta para que as pessoas tenham mais responsabilidade com sua própria saúde e com as informações.
Em 2013 eu passei por um transplante de fígado, não tinha nenhuma doença prévia, e até uma semana antes do transplante eu nem sabia como funcionava esse procedimento. Eu tive uma hepatite fulminante medicamentosa, causada, obviamente, por medicação, algo simples, Paracetamol, que hoje sei que pode ser bem tóxico.
Em questão de 3 dias eu fui de saudável para uma UTI entre os primeiros da fila para o transplante devido à gravidade da minha condição. Após mais alguns dias consegui realizar o transplante, tudo isso não demorou mais de 10 dias, para que se tenha uma noção do quão forte pode ser essa hepatite medicamentosa.
Meu caso terminou de forma positiva, mas nem todos terminam dessa forma; pelo contrário, a maioria que passa por uma Hepatite Medicamentosa não tem um desfecho positivo. Por isso a lição que vale, que eu busco passar para todos, para ninguém ter que passar pelo que eu passei é: Não se automedique!
Busque ajuda médica, siga as recomendações de órgãos confiáveis como Organização Mundial da Saúde e Associação Médica Brasileira, e tenhamos responsabilidade, não sabemos como nosso corpo reage, às vezes algo que parece inofensivo pode se tornar algo que nunca imaginaríamos.
“Airton Andrade tem 30 anos, é administrador de empresas e transplantado de Fígado há 8 anos”.