Meu nome é Leti e descobri uma doença renal quando tinha apenas 12 anos.
Vivi normalmente com ela até que fiquei grávida. Na gravidez, tive uma pré- eclampsia, e minha filha nasceu de 29 semanas e com menos de um quilo e meio. Hoje ela está bem, mas minha doença renal complicou. O nome é Glomeruloesclerose Segmentar Focal, problema que faz o rim ir endurecendo até perder a função.
Até o ano de 2018, estava relativamente bem com medicamentos que controlavam a evolução da doença. Até que, morando na Itália, tive uma piora drástica na função renal e entrei às pressas na hemodiálise e já comecei a fazer os exames para entrar na lista de transplante.
Em 2019, recebi a tão esperada ligação, meu rim havia chegado! Transplantei numa noite de junho na cidade de Brescia, Itália. Graças a Deus deu tudo certo e fui muito bem tratada por toda a equipe do hospital. Com 1 ano e 2 meses de transplante, voltei ao Brasil e hoje faço o acompanhamento.
Agradeço a Deus essa nova vida e a minha doadora que, ainda em vida, falou sobre a vontade de ajudar ao próximo com a doação de órgãos. Hoje falo a todos a respeito da importância de comunicar à família sobre isso, porque um SIM de alguém salvou minha vida.
Leti é transplantada renal há 2 anos.